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quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

5 Tradições Natalinas que só fazem a gente gostar menos do Natal!

Fala, galera! Hoje é dia de mais uma lista comentada aqui no Cinco Listas, e a lista de hoje é do ex-extinto Puxa Cachorra, que o Vinicio ressuscitou recentemente. Essa lista é de dezembro de 2010, e vocês vão se surpreender ao ver o quanto ela continua atual!
Eu adoro o Natal. Você se reúne as pessoas que gosta, as pessoas que não gosta, dá um abraço em todo mundo, come um pernil com salpicão, entorna dois copos de coca-cola (Só dois?) e fica esperando os parentes irem embora da sua casa, para poder ligar seu videogame novo sem que seus primos se intrometam. Eu adoro o Natal mesmo com tudo isso. Dezembro é um mês todo dedicado ao Natal – salvo a ultima semana, quando se começa a falar daquela bobagem de ano-novo. As tradições natalinas vêm com tudo, sejam estrangeiras ou nacionais, o problema é que geralmente erram a mão na hora de criar aquele clima natalino de prosperidade, caridade e harmonia, estabelecendo mesmo um clima de irritação e saco-cheio. Fica aqui, então, a minha listinha de 8 tradições natalinas que só fazem a gente gostar menos do Natal.



1- Funcionários com gorro de Papai Noel
É só apontar dezembro no calendário e todos os donos de lojas abrem alguma caixa velha de papelão cheia de gorros de Papai Noel, dando um para cada funcionário vestir enquanto trabalha das 8h às 22h. Levando em conta que o tecido vagabundo e aquela tira de algodão colada na base devem esquentar a cabeça do coitado do empregado, será que precisa mesmo fazer isso para dar um clima? Lojistas, nós já sabemos que é Natal, porque a prefeitura já fez o favor de encher a cidade com luzes em formato de mariposa que deveriam parecer querubins.

Quando eu era criança eu acreditava mais nessas mariposas gigantes de poste de luz do que no papai noel!

Requinte e luxo na decoração de Natal.
E uma coisa é certa: patrões que dão gorros de Papai Noel no Natal são os mesmos que distribuem chapéu de palha em festa junina e obrigam a pintar o nariz com tinta tóxica na Páscoa.

2- A neve
Tirando aquela cidade em Santa Catarina que serve unicamente para o Jornal Hoje fazer a mesma reportagem todo ano, não neva em mais lugar nenhum do Brasil. Provavelmente por isso – e também por todos os filmes de Natal made in USA que assistimos – o brasileiro tem esse tesão sem sentido em enfeitar a árvore de Natal com coisas que lembram neve, desde algodão barato até uns sprays que na certa são frutos do fim da União Soviética.

Só não mostre isso para alguém que tenha morado em Chernobyl na década de 80.
O que as pessoas precisam entender é que neve não é um negócio bom! Anualmente, milhares de pessoas morrem por causa do frio provocado por ela, que não é fofinha feito algodão-doce, mas sim pedaços de gelo caindo do céu. Da próxima vez que você quiser algo que lembra morte ao redor da sua árvore, porque não pendura umas balas de revólver nos galhos?

Ficaria super fashion (Ironia Mode On)! Outra ideia seria pendurar algumas granadas pelo anel, para a hora que aqueles seus sobrinhos e parentes chatos resolverem puxar os enfeites que você demorou um ano para arrumar na árvore!

3- Edições natalinas de programa de TV
Todo fim de ano é a mesma coisa: qualquer programa de TV da semana do Natal acha necessário fazer o seu “Especial de Natal”, que é o programa de sempre com – adivinhem – o apresentador usando um gorro vermelho e uma sub-celebridade vestida de Papai Noel entregando presentes para crianças carentes em Carapicuíba.

E ainda hoje no Superpop: Lingeries para apimentar sua noite de Natal.
Eu sonho com o dia em que a televisão simplesmente saia do ar no dia de Natal, para que a gente não corra o risco de assistir nada disso. Ou alguém aqui gosta de tentar descobrir quem é a sub-celebridade vestida de Papai Noel? (Uma dica: ela já foi integrante do grupo Banana Split e posou 42 vezes para uma revista masculina!).

Traduzindo: A mesma coisa de sempre com um q de Natal só para você achar que é diferente, mas não tem absolutamente nada de diferente! É a mesma droga que você assistiu todo ano!

4- Bonecos de Papai Noel
É uma coisa legal que alguém vestido de Papai Noel fique perambulando pela cidade, entregando balas para as criancinhas, ainda que, de vez em quando, você encontre grupos de Papai Noel andando juntos como quem faz escolta de malote bancário, o que quebra toda a ilusão de que só existiria UM Papai Noel.

(Um dia vocês irão me pagar por toda essa humilhação!)
O que não é legal é essa enxurrada de bonecos de Papai Noel que se mexem sozinhos. Balançando o quadril, erguendo os braços, subindo escadas e cantando Jingle Bells, essas coisas são uma praga que, cedo ou tarde, vão adquirir consciência própria, vão se aliar a Skynet e marchar contra a humanidade! Ainda há esperança, em caso de guerra, de que nós sejamos capazes de derrotar os pequeninhos, mas a coisa vai ficar realmente feia se os shopping centers insistirem naqueles Papai Noéis mecânicos com tamanho de pessoas adultas. Vai ser um massacre.

O pior, no caso dos gigantes, é que você sempre corre o risco de confundi-los com pessoas de verdade. Aquele momento constrangedor no centro da cidade em que você passa por uma loja e ouve alguém assobiando para você. “Ah, sim! Finalmente vou sair da seca!” Vira-se então com aquele olhar 43 de galã de novela das oito, pronto para dizer: “Chamou por mim, Baby?”. Decepção: Era o Papai Noel com sensor que reconhece quando alguém passa por ele. E que diga-se de passagem não serve como boneca inflável.


5- Inauguração de árvores de Natal gigantes

Não passa um dia sem que alguém noticie que uma cidade X inaugurou a maior árvore de Natal do mundo, com 25 metros de altura, 40 mil bolinhas reluzentes, 300 metros de pisca-pisca e provavelmente algum operário que ficou preso no meio das folhas sintéticas. Tudo isso com o único intuito de atrapalhar o trânsito em algum lugar da cidade que já era complicado, porque todo mundo vai criar a necessidade urgente de passar de carro à noite por perto da árvore. Fica a pergunta: o que acontece com essas árvores depois que o Natal acaba? Elas são loteadas e sorteadas para o programa de habitação do pardal desabrigado?

Uau! É tão... tão... tão tosco!
Se esse desperdício não for o bastante, espere até o repórter dizer: com a energia gasta para acender todas as luzes, daria para iluminar uma cidade do tamanho de Campinas por 8 dias! Como o mundo inteiro está nadando em eletricidade, nós achamos isso o máximo!

E o Vinicio ainda foi bonzinho em não falar dos fogos de artifício no ano novo!

Item Extra: Amigo secreto

É bobagem reclamar de presentes inúteis e/ou equivocados recebidos em amigo secreto, porque os defensores têm na ponta da língua aquela conversa de “o que vale é o momento de confraternização”. Tudo bem, argumento aceito. Eu só não entendo porque realizar um amigo secreto durante a cerimônia de Natal, que, sozinha, já é um momento de confraternização! Porque nós precisamos confraternizar quando já estamos confraternizando? É muita metalinguagem para a minha cabeça.

Pelo formato da caixa, pode apostar que é um pacote com doze cuecas. Tamanho P.
Será que não dá para simplesmente fazer a troca de presente, os abraços e os desejos de felicidade, e daí pular diretamente para a parte da comida e das conversas de família que em algum momento vão passar por “como o Vinício está grande”, como se eu tivesse recentemente aprendido a andar?
Isso é porque, como eu expliquei no post anterior, o Amigo Secreto surge em um momento de Crise Financeira onde não se podia presentear a todos, mas ninguém queria sair sem presentes! Ou seja, nossas famílias não abandonam o amigo secreto porque nós somos pobres!

Item Extra - Panetone

O Panetone está para o Natal assim como o GP do Brasil está para as pessoas que não ligam para Fórmula Um: Você não passa o ano esperando por ele, mas já que está na época, não custa dar uma olhada. Sejamos francos: ninguém gosta de Panetone! As pessoas mastigam aquilo do jeito mais burocrático que conseguem, torcendo para acabar logo com seu pedaço e cumprir sua parte no ritual! E se só isso já é torturante, pense no conflito na cabeça do convidado que se sente na obrigação de levar um Panetone para a ceia.

Não é ilusão de ótica. As frutas se mexem mesmo dentro do Panetone.
Só para completar: eu pago 50 mangos para quem conseguir dizer quais são as frutas cristalizadas que vão no Panetone. Para mim, aquilo sempre foi cartilagem de tatu.
Eu, para ser sincero só como Panetone em busca de uma ou outra uva passa remanescente, já que, como eu já afirmei em outro post, eu sou perdidamente apaixonado por Uva Passa!
 
Item Extra - Músicas de Natal
Se, algum dia, for possível realizar viagens no tempo, a humanidade já tem uma tarefa a fazer: Retornar para o mês de dezembro de 1995 e impedir, a qualquer custo, o lançamento do disco 25 de dezembro da Simone, onde estão contidas as 11 músicas repetidas até a loucura durante o mês do Natal. Não importa o dia, a hora, a classe econômica: em algum lugar do Brasil vai estar tocando “Então é Natal”, que vai fazer você desejar, como nunca, que janeiro chegue logo.

Agora vocês já tem uma imagem para mentalizar a sua raiva.
A indústria fonográfica brasileira tem seus momentos de genialidade. Em 2001, já meio puta porque sentiu que os downloads iriam quebrar seu negócio, ela pensou: como nós podemos tornar a experiência de ir às compras ouvindo músicas de Natal ainda mais desagradável? Aí eles lançaram um disco chamado Natal de cavaquinho, com 12 canções natalinas tocadas com pandeiro, chocalho e o cavaquinho, de grande aceitação no comércio, até porque o disco da Simone já estava com um furo de tão gasto. Então, fica o recado: você, lojista, que pretende receber meu dinheiro, PARA DE TOCAR ESSAS COISAS!!! Obrigado e Feliz Natal!
O pior é que não satisfeitos, ainda fizeram neste ano de 2013 aquele projeto inacreditavelmente insuportável que é o Natal em Família! Se a gente já não achava que colocar Michel Teló, e compania para cantar no Show da Virada fosse jeito de desejar boas festas, que dirá coloca-los para cantar músicas de natal em mais uma versão horrível do Cd da Simone?

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